Parque Nacional do Caparaó e ICMBio Proíbem a Pesquisa do Clima e Astronômica

Alegando apenas "impactos", o Parque Nacional do Caparaó e o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade proibiram a pesquisa astronômica e climática.

 

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ENTENDA O CASO

 

Em julho de 2012 é concedido a permissão para a pesquisa "Monitoramento do Clima no Parque Caparaó". Projeto do GOA-Observatório Astronômico Remoto. Nela ficou previsto a instalação de uma Estação Meteorológica Automática (EMA) em local a ser definido junto com o PNC. Estação esta 10x mais barata do que as que são instaladas por outros institutos. Também foi permitido instalar um datalogger para medir temperatura e umidade.

O objetivo da pesquisa era estudar o clima e a possibilidade de instalação de um Observatório Astronômico Remoto no Parque, além de poder gerar alarmes em tempo real, prevenindo incêndios e acidentes nas comunidades vizinhas, devido a trombas d'água no topo da montanha.

A pesquisa ia bem. Sempre que a equipe ia ao Parque para dar manutenção à Estação e estudar a qualidade do céu, usava a casa de apoio à pesquisadores e quarda-parque.da  "Casa Queimada".

Em abril de 2014 muda a chefia do Parque. Momento em que começa as calúnias.

Em 24/06/2014 foi feito um pedido para cerca de 40 estudantes visitarem o PNC  entre 15 a 17 de agosto de 2014. Depois de 20 dias, reiteramos o pedido, por falta de resposta.

Em 15/7/14, o responsável pelo agendamento responde a data com erro de 1 dia não explicando o motivo.

Um dia antes da visita, ou no dia da partida de Vitória, em 14/8/14, o chefe do Parque responde cancelando a vista. Era praticamente impossível cancelar um ônibus já contratado a mais de um mês. No dia 15/8/14 o programa de TV Globo Repórter exibe matéria sobre o PNC.

INÍCIO DA PERSEGUIÇÃO

No dia 15/8/14 os estudantes chegam ao Parque com o grupo num ônibus, além dos pesquisadores em uma van. A portaria liga para o chefe que nega a entrada. Foi apresentado as cópias das mensagens das autorizações concedidadas um mês antes e, ainda relutante, o chefe do Parque permite a entrada. Porem, os auxiliares de pesquisa não são permitidos ficarem na casa dos pesquisadores, mesmo com mais de 10 lugares vagos e apresentando a Autorização de Pesquisa e o Termo de Responsabilidade dos Auxiliares de Campo. O chefe do Parque proibiu de ficar num local construído para esse fim.

Para justificar seus erros, uma série de calúnias foram lançadas contra nossa equipe do GOA por esse chefe. Porém nada foi provado.

Em 17/9/14 mais um absurdo. Novamente, sem justificativas, o chefe proíbe definitivamente que a equipe do GOA fique na casa construída para pesquisadores e diz que o apoio era apenas "cordial". Na mesma mensagem pede para retirarmos o datalogger, alegando impacto do aparelho que é do tamanho de um celular.

Como assim, "cordial"? Usar o bem público para os seus próprios interesses? Em setembro de 2014, a equipe do GOA entra com uma denúncia no Ministério Público Federal contra as irregularidades do Parque.

Desde final de 2014 até início de 2016 a pesquisa fica prejudicada sem podermos dar a devida manutenção à Estação e medirmos a qualidade do céu.

Aproveitando-se da morosidade da justiça, mais um absurdo: o chefe da Unidade manda retirar a Estação Meteorológica e se mostra contra qualquer projeto de Observatório Astronômico no Parque.

Solicitamos reconsideração ao Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), que nos nega, aceitando as calúnias do chefe, que é indicado pelo próprio instituto.

O processo já foi pra Brasília e depois para a PF/BH ouvir as testemunhas, mas até março/16 ninguem ainda foi chamado.

Infelizmente não somos os únicos perseguidos pelo chefe da Unidade. Várias pousadas e fazendeiros estão invadindo e desmatando o entorno do Parque, mas não fazem nada contra eles. Até pagaram indenizações. O único processo de desocupação é com pobres famílias de índios Guaranis que vivem harmonicamente no seu entorno. Nem com a Torre da Samarco, de telefonia e TV tem coragem de mexer.

O chefe da unidade demonstra que se preocupa mais com os grandes negócios do que com as pesquisas, quando diz que precisa "atualizar Estudos de Viabilidade Econômica", para "grandes investimentos" com empresas privadas (Página do ICMbio). Ora, se nem com os pequenos negócios tem se chegado a acordos, por que partir para os grandes? Quais os interesses e valores pagos pelo PNC à empresas que realizam esses estudos?

Assinem a petição https://www.change.org/p/parque-nacional-do-capara%C3%B3-e-icmbio-permit...

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Equipe GOA